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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Desenhos e Quadrinhos

Por: Alexandre Mendes



                              APOCALIPSE



                         APOCALIPSE II



          COTIDIANO-  O SACANA





         ENTRADA DE SERVIÇO






          SOKAROPANOKORPO

segunda-feira, 27 de junho de 2011

AS LEIS JIM CROW






 

POR: ALEXANDRE MENDES

    Há certos momentos em que o ser humano necessita se organizar, avaliando determinados episódios da história, a fim de evitar repetidas tragédias e momentos críticos.

Sem dúvida alguma, foi o movimento negro (décadas de 50 e 60) que lutou por direitos civis no sul dos Estados Unidos, um dos maiores exemplos de coragem na conquista de um objetivo do século XX, desde o fim a Guerra da Secessão norte-americana (1865),  no pós abolição da escravidão no sul. No entanto, as autoridades sulistas conseguiram aprovar uma lei que pedia a segregação do espaço público, mas com "igualdade". Porém, isso só acontecia no papel. Nenhum hotel no sul aceitava hóspedes negros; as escolas eram separadas, a dos negros era bem inferior em todos os aspectos; a maioria dos bares e restaurantes não serviam negros; e nos ônibus, os negros só podiam se sentar nos fundos. Se o ônibus enchesse, ele era obrigado a dar seu lugar ao branco. Eram as leis conhecidas como "Leis Jim Crow".
 No ano de 1929, em 15 de janeiro, nasce em Atlanta, Geórgia, Martin Luther King Jr. Filho de um pastor, Luther King foi criado com seus dois irmãos, protegidos de todos os lados, por seus pais. Jamais deixavam os filhos pegar um ônibus, sempre tentando afirmar o valor que eles tinham, apesar da opressão aos negros.
Uma característica interessante, na pregação do já Pastor Luther King, era o incentivo para a comunidade negra lutar por seus direitos. Enquanto a maioria dos pastores negros falavam da salvação após a vida, ao invés de se preocupar com as privações que passavam em vida, Martin Luther King buscava conscientizar a comunidade negra do sul a lutar pelos seus direitos civis. Em 1º de dezembro de 1955, uma mulher, de nome Rosa Parks, ex- secretátia da NAACP (Associação Nacional para o Progresso das Pessoa de Cor) pegou o ônibus, na volta do trabalho (era costureira), e se sentou. O ônibus encheu e um branco lhe pediu o lugar. Então ela se recusou a levantar, e foi presa. Esse episódio foi o estopim para o avanço da luta pela revogação das Leis Jim Crow, por parte dos negros do sul norte-americano.
 Sob o comando pacífico (baseado na conquista dos direitos humanos através da não violência, de Gandhi), porém persistente, de Martin Luther King, as pregações vinham do fundo de sua alma, reivindicando a liberdade negra por completo, no sul. 

*_ "Eu lhes digo...", começava.
_ "Diga doutor" respondia a congregação.
_ "...Que qualquer religião que se diga preocupada com as almas das pessoas..."
"Sim, isso mesmo", era a resposta.
"...e não está preocupada com a miséria a que estão condenadas..."
"Amém, irmão!
"...e as condições sociais que as reduzem..."
"É isso aí!"
"...é tão árida quanto uma religião de pó".
"oh-hoh"
   Os negros fizeram um boicote aos ônibus do dia 5 de dezembro de 1955, até 21 de dezembro de 1956. Graças ao apoio das frotas de táxi negras (cobravam o valor da passagem do ônibus), o boicote foi bem sucedido. Com a pressão feita sobre o governo americano, conseguiram dar plenos direitos civis aos negros, no interior dos ônibus.
Em seguida, a admissão dos negros nas escolas públicas para brancos.
  O sit-in era uma forma de protesto, no qual os negros sentavam-se nos bancos de bares e lanchonetes, e diziam que só sairíam, se fossem servidos.
  É certo que houve represálias por parte da Ku Klux Klan, organização racista contrária aos direitos civis negros. Enforcamentos, mutilações, assassinatos e explosões.
  Luther King também tinha diversos inimigos no poder público, como o diretor do FBI Edgar Hoover; o chefe de polícia de Albany Laurie Pritchett; e o comissário de polícia de Birmingham Eugene "touro" Connor.
 Até conseguir o apoio de Kenedy, Martin Luther King Jr. já havia sido preso várias vezes, e sua casa explodida mais de uma vez. No entanto, até a sua morte, jamais abandonou a causa.
 Em 28 de agosto de 1963, os negros organizaram uma marcha até o Lincoln Memorial, em Washington, onde, exatamente cem anos antes, Abraham Lincoln havia assinado a abolição da escravidão nos Estados Unidos. A quantidade esperada de expectadores era de 100 mil. No final havia aproximadamente 250 mil negros e brancos de todos os credos, unidos pelo fim da segregação racial no sul.
A marcha pelos direitos civis foi determinante para a promulgação de novas leis no sul. Os negros também conquistaram o pleno direito ao voto, nesta data. Em seguida, Luther King Jr. continuou dedicando sua vida à comunidade negra local.

Luther King foi brutalmente assassinado, no dia 4 de abril de 1968, com uma bala no rosto, na sacada do Motel Lorraine. Ele iría discursar em apoio a greve dos garis da cidade de Menfhis. Sua morte causou uma revolta em todo o país.

    Temos um exemplo de persistência e coragem na luta por um objetivo. Devemos nos conscientizar do poder que temos, como maioria, contra os poderosos que se beneficiam das regras do capitalismo em nosso detrimento. Detrimento que é capaz de alcançar um homem, em seu interior. Um trabalhador oprimido, que necessita de "hora extra", ou "dobra", para garantir os seus direitos mínimos, pouco tempo tem para explorar seus talentos e habilidades. Pedimos liberdade do julgo que nos é imposto.

*Citação: Grandes Líderes, Editora Nova Cultural, 1987


sábado, 25 de junho de 2011

Restos

Por: Nihildamus



 O Nada é o único elemento que pode esclarecer as virtudes inventadas pela humanidade. O desejo de desvendar o mundo e seus segredos, característica quase genética do homem, o impele a crer em fábulas... o problema é o medo de descobrir o quê vem após a morte. Esse é o grande culpado!

"Robele, robele
mizangadsh sarum"

A infidelidade, em todos os níveis, deve ser combatida!
Confiança....essa é a palava chave!
Traga confiança e terás confiança
Mediocridade, hipocrisia
não serão bem vindas!

"Zilimeiuo brot asgarimidet"

Seja amigo do seu amigo
e não dê a retarguada
para quem você julga
ser o seu inimigo

"Zilmebleb, zilimeiuo"

Sabedoria, meus irmãos...
pensem, antes de agir
viver pode ser algo raro,
quanto mais,
 nesse mundo existir



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Memórias de um operário IV

Por: Alexandre Mendes

  

Já fazia um tempo que não usava a minha imaginação para ganhar dinheiro. Costumava colocar a melhor roupa que tinha, me barbear e me dirigir até a zona sul. Fazia uma rota pelos pontos de ônibus da Praia de Icaraí e adjacências, abordando as belas senhoras que eu acreditava serem moradoras da região. Meu sermão era, mais ou menos, assim:
- Bom dia, senhora. Eu vim de Itaboraí (ou qualquer outro lugar distante dalí) para ver um emprego de serviços gerais naquele prédio (apontava para qualquer um) e quando cheguei, haviam dado a vaga para outro. Poderia me ajudar com um vale transporte ou qualquer quantia em dinheiro, para que eu possa voltar pra casa? (que cara de pau!)
  Conseguia, com essa façanha, garantir as duas sacolas de compra até o meio dia. Era magnífico! Mas o meu forte nunca foi pedir esmolas, sempre me sentia muito mal com isso.
   Guardava as segundas feiras, pela manhã,  para procurar emprego. Mas, puxa! Como era difícil! Ainda não tinha conseguido a porcaria do certificado de dispensa do quartel e, por isso, nenhum lugar me empregava. Em casa, duas bocas para alimentar e um faminto para nascer...
A minha cara já estava batida naquela rota e eu temia ser descoberto. Eu era um criminoso facilmente enquadrado no artigo 171.
Tentei lugares mais longínquos, como o Fonseca ou Santa Rosa, mas a minha estorinha não fez tanto sucesso nesses bairros. Precisava trabalhar de verdade, novamente.
Foi quando um vizinho de parede, no cortiço em que eu estava hospedado, me chamou para trabalhar nas obras da nascente Barra da Tijuca. Instalar piscinas de fibra nos casarões, me pareceu muito agradável. O salário não era dos melhores, mas não tinha muita escolha.
   Então, me tornei um servente de obras.
 A equipe era composta por um mestre, um meio oficial de pedreiro e um servente que, nesse caso, era eu. 
Ficávamos cerca de três dias, dormindo nos cômodos mal acabados dos casarões, sem iluminação. As muriçocas gigantes não incomodavam tanto na hora de dormir, pois trabalhavamos do nascer ao pôr do sol. e, quando me deitava no papelão, parecia estar morto de verdade.  Quando o dono da loja de piscinas ligava, apressando a entrega do serviço, eu continuava cavando o buraco da piscina, com o auxílio de uma lamparina. Certa vez, estava tão cansado que não conseguia erguer a lata de margarina cheia de concreto, improvisada de balde. Carregava-a na altura da cintura e isso fez com que o cimento escorresse para dentro da minha bermuda. Puxa! Como doeu na hora de urinar!
E foi assim que aprendi. Nunca mais deixei as minhas partes mais sensíveis entrarem em contato com o cimento.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Memórias de um operário III

Por: Alexandre Mendes

 

Houve um tempo em minha vida que sobreviver, dia após dia, era um desafio. Tentei montar mil negócios clandestinos! Não visava comprar carro, nem almoçar em restaurante. O meu objetivo era simples: chegar em casa com pelo menos duas sacolas de compras. Éramos quatro, nessa época. Minha esposa não podia trabalhar fora, pois não tinhamos com quem deixar as crianças. Então, eu me armava e me dirigia até as trincheiras da cidade.
 Passei a procurar um sinal (semáforo, para alguns) onde pudesse vender alguma mercadoria. Após passar um dia inteiro perambulando, achei o lugar perfeito: a subida da ponte Rio-Niterói, entre o 12º Batalhão da PM (Niterói) e a Favela do Sabão. Que adrenalina, trabalhar no meio daquele cotidiano fogo cruzado!
Observei o número de ambulantes e suas mercadorias. Havia, aproximadamente, umas nove pessoas ganhando a vida naquela travessia. Vendiam refrigerante, frutas que traziam do Ceasa, brinquedos de criança e utensílios para automóveis.
Decidi, então, vender mariola. No entanto, conseguir um sinal para trabalhar não é tão simples assim. O ambulante tem que ser aceito pelos vendedores mais antigos do local. Se não forem com a sua cara, você corre o risco de tomar uma coça e ser expulso dalí.
Meu primeiro dia não foi fácil. Cheguei bem cedo, antes que todos chegassem. O velhinho que vendia "Suflair' me aceitou numa boa. Sidnei, o cara que vendia capas para volante, me riscou de cima a baixo. Quando os meninos que vendiam frutas chegaram no ponto, Sidnei começou a cochichar sobre a minha presença no local.
Já devia ser meio dia e o sol começou a incomodar. Mariolas não fazem tanto sucesso no sol quente e foi se tornando cada vez mais difícil de vendê-las. Isso, sem contar com o fato de algumas pessoas que fecham o vidro na sua cara, de maneira arrogante ou, simplesmente, por terem medo de você.
Sidnei chegou perto e disse: - Mermão, esse sinal já está cheio de gente. Não vai dar pra você trabalhar aqui.
Argumentei, então, com toda a astúcia que a rua havia me ensinado: - Pô, cara. Minha mulher e filhos estão esperando que eu traga algo, que não seja mariola, pra gente jantar. Quebra essa, irmão! Não vou te atrapalhar! Come uma mariola! - E desfalquei o lote do produto, na intenção de ganhar a confiança dele. Sidnei comeu uma, duas, três mariolas! Os outros também pediram e eu acabei perdendo um pacote inteiro de mariola para aqueles esfomeados.
Apesar de tomar um prejuízo inicial, o ato me beneficiou. Era como se fosse uma iniciação: agora, eu fazia parte do quadro diário de ambulantes daquele sinal. Trabalhei um ano e pouco com aqueles caras. Fiz a minha clientela. Em dias quentes, vendia refrigerante e cerveja.
Certo dia, um homem tentou vender mariola no meu ponto, mas ficou estreito para ele. Eu já era o vendedor de mariolas oficial do local. Tentou botar bronca e foi uma péssima idéia: atiramos o pacote de mariola dele no meio da rua. Puxa, como ele teve que correr!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Do Copa para o Inferno: Guinle morto e burguesia viva

Por: Winter Bastos

 
.A mídia burguesa adora promover a desunião no seio da classe trabalhadora. Servidores públicos e outros trabalhadores, que obtiveram – depois de muita luta – determinados benefícios, costumam ser tachados de “privilegiados”. Enquanto a elite mesmo é mostrada pela imprensa de maneira positiva.
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Um dos que era figura bem quista nos veículos de comunicação massificantes, até 2004, foi o playboy Jorginho Guinle.
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Naquela época, sabendo que um aneurisma na aorta estava prestes a matá-lo, Guinle resolveu morrer num antro da classe dominante: o suntuoso hotel Copacabana Palace.
Na manhã de quinta-feira 4 de março de 2004, assinou termo de compromisso para ser liberado de um hospital em Ipanema (bairro nobre do Rio de Janeiro). Rumou para o famoso hotel construído por sua família. Hospedou-se numa suíte luxuosíssima, pediu refeições das mais caras, que exigiu lhe fossem servidas em baixelas de prata. Saboreou sobremesas extravagantes e, por fim, chá inglês em louça especial. Morreu às 4h da madrugada de sexta-feira 5 de março, aos 88 anos, sem nunca ter trabalhado.
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Jorginho Guinle foi um inútil durante toda a vida. Só fez gastar continuamente o dinheiro da família, expropriado da classe trabalhadora. Feio fútil e ignorante, o único atrativo de Jorginho Guinle era a fortuna familiar. Foi assim que conquistou Jayne Mansfield, Rita Hayworth, Janet Leigh e Marilyn Monroe. Com seu dinheiro, além de amantes, seduziu a mídia escrita e televisiva que vivia a bajular este come-e-dorme que foi o ridículo Jorginho Guinle. Hoje ele está morto e enterrado, mas – infelizmente – a classe dominante e seus valores deturpados continual bem vivos e fazendo a cabeça de muita gente.
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(texto de W Bastos publicado no blog Expressão Liberta: www.expressaoliberta.blogspot.com)

domingo, 19 de junho de 2011

Repressão policial nas marchas da maconha etc.

Por: Alexandre Mendes

Comentei, o que segue abaixo, na publicação do texto: "Na democracia brasileira é proibido ter opinião política.", do Úze.

Quem quiser opinar:
opina aqui,
opina lá!

 O link do irmão está aí:

http://imprensalternativa.blogspot.com/2011/06/na-democracia-brasileira-e-proibido-ter.html?showComment=1308487201809#c8958887293027049658

           Comentários:
Quando leio que a ditadura acabou, comparo com a realidade que eu vejo e é foda.
Penso naqueles meninos que perderam a vida na Guerrilha do Araguaia, Stuart Angel e tantos outros...
A onda de protestos do momento têm como inimigo a filosofia do próprio sistema...
Tudo que parece ser sólido se desmancha pelo ar, dizia Marx, algo parecido, referindo-se ao    capitalismo...mas,a merda é que o neoliberalismo destroi mentes...alguém se lembra de como era Lula quando começou a protestar? O dinheiro turva a vista, é foda!

Os adeptos pela legalização da maconha devem estar conscientes que isso é só o início das conquistas...protestar, alcançar esse objetivo, só pra ficar de larica na praia, tocando violão, não vai dar certo!

sábado, 18 de junho de 2011

PECADO PARNASIANO

(Por Ivan Silva)

Ó
quanta mente destruída
sendo instruída
a fazer só o que deve
tudo o que é aceito nessa vida

vida vidinha
construída do futuro
desse presente imaculado.

o inocente



-c------------e
--a----------r
---i--------p
----n-----m
-----d---e
------o-s
-----


QUEM FAZ SUCESSO É FÁBRICA DE CACETE 

(Por Ivan Silva)

Música não é aquilo que regaça o ouvido em alto volume, ou que regaça o ouvido se repetindo em boa voz "O meu sucesso é ser assim: do jeito que você quer, e vamos ensaiar e vamos decorar meu bem. Vamos. Dançar e rebolar. No rock n' roll da vida, na esquina da avenida, rua 24. Mais uma puta e a gente vibra, somos famosos e temos dinheiro, sonhamos com isso. Noite e dia. E que puta não quer ser rica, ter dinheiro e cantar? Cantar é legal. Experimentem, gatões! E não tenham vergonha disso. Traiam a vontade de fazer. Copiem. Façam bem feito! Gozem! E gozem de pau murcho, na bundinha de quem não quer ouvir: AGÜENTA AÍ BOBINHO. OLHA: NÃO GOZA, MAS NO SEX SHOP TEM PAU DURO PRA TI."

SUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU...............
..................................CESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSOOOOOOOUUUUUUUUUUU
UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUuuuu OU! OU! OU, OU, OU
LÁ TAMBÉM TEM bucetinha: VIU?
--O quê?! Quer ficar nessa ondinha fica, Frac Assado. Eu não tenho nada a perder não. Já bandeio
há muito tempo por essas bandas, e todas elas são alegres. Pois seguem o meu reSquisito.

--O seu o quê?!

--O meu conselho.

--Ah, sei... Escuta só, ABAIXOU O TOM POR QUÊ?

--Nada não, deixa pra lá....

--Nem pra lá nem pra cá, vou deixar í. E Agüenta coração! Agora eu entendi: Pirulito que bate-bate, pirulito que já bateuuuuuuuuu...

--Ôooo pára com isso, não vou falar mais nada sobre esse assunto, valeu? Morreu e acabou!

--Qual é? Qual foi? Porque que tu tá nessa?!

--Foda-se! Meu velho.

--Íiiiiiiiii Relaxa Bobão, um amigo é pra acudir outro. Eu tô aqui pra acudir você.

--HAHAHA Tu deve tá TIRIRICA com essa história, né?

--Que história?

--De que a sua banda vai acabar! Muito em breve...

--Não, na verdade era pra ela ter acabado em 2005, nós é que estamos adiando (nós, a banda).

--HAhahahaha Adiando... E tu se acha né ô, Frac Assado?

--NÃO OLHEIS OS NOSSOS PECADOS, MAS A FÉ QUE ANIMA A VOSSA IGREJA.

--HAHAHAha Quêeeee quêeee isso?! Tu é louco mas não é padre não. Onde estão os fiéis dessa banda?!

--Não temos fiéis, bobo. Acha que alguém vai querer nos ouvir depois dessa?

--Cara, tudo bem, você deve estar achando mó ruim também eu falar essas pa ra das, é simplismente porque eu acredito em vocês, só isso.

--HAhahaha Putz! Então agüenta as piroca.

--Nemmmmmmmmmmmmm. Eu quero é a bucetinha. Viu ela por aí?

--Não, Bobinho.

--Ahhhhh me chama direito, vai.

--Quer que eu copie os outros, GENERIC?!

--GENERIC?!!!!!!!! Não seja idiota. Olha, eu quero mesmo ajudar, mas se continuar falando assim não dá.

--Então não dá.

--Velho! Mas e o futuro?! Pra quê essa autodestruição?! Você me enoja, sabia?

--Autodestruição? "Oh baby... oh, ba...by a gente ainda nem começouuuu!" Bobby!

Essas e outras mais, tu vai encontrar no blog:
 
http://atunalgun.blogspot.com/
 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

DIA DE FÚRIA


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Por: Alexandre Mendes
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Hoje eu despertei para a realidade das regras
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O mundo me cobra uma postura: Viva sob regras, pois essas fazem o mundo girar
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Vocês não me enganam mais!
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Vou colocar em xeque toda minha credibilidade
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meu trabalho, minha família
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não importa: Quero dizer o que sinto.
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Acho que ganho muito pouco; um salário na proporção da minha liberdade
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Hoje consigo compreender porque alguns ignoram as regras e matam, tomados pela fúria
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As regras me sufocam, não consigo respirar
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Falta oxigênio, não consigo respirar
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Quero minha liberdade; aquela que as regras me roubaram
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Quero sentir prazer em viver, bem mais que cinco minutos por dia
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fazer o que eu quero, não o que me é imposto. Chega desse fantochismo barato.
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QUEM FAZ AS REGRAS NÃO SEGUE REGRAS
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quero exercer o meu direito de xingar: Merda, Porra e Puta que o Pariu
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Quero andar pelado pelas ruas do Centro ao meio dia
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Maldito mundo sob regras...
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As pessoas estão satisfeitas
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Auxílio doença e auxílio desemprego
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As pessoas estão satisfeitas
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Copa do Mundo e Carnaval
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Maldito mundo sob regras
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me levando à destruição

terça-feira, 14 de junho de 2011

Memórias de um operário II

Por: Alexandre Mendes







Nessa época, eu vendia blusas de banda de rock na Praça São João, em frente a Secretaria de Educação. Tinha que chegar cedo para pegar a sombra do telhado do prédio público, ao meio dia.
Foi alí que conheci muitos ambulantes, com mercadorias variadas. Gostava de trocar idéia com os africanos. Esse grupo tem crescido no mercado informal, cada vez mais. Normalmente, comercializam cintos e produtos de beleza feminino. São angolanos, quenianos, argelinos. Eu gostava muito de praticar o meu inglês com os quenianos.
   Conheci um cara recém chegado da Paraíba. Seu nome era Antônio. Seu irmão era pipoqueiro na região. Antônio estava hospedado na casa dele. Vendia guaravita, cerveja e refrigerante, em um isopor amarrado em um carrinho de duas rodas.
Cada rua tem o seu horário para ser liberada para os camelôs. O rapa para de enfernizar a vida dos camelôs na Avenida Amaral Peixoto às 19:00 da noite. "Após esse horário é difícil de haver algum tipo de fiscalização." - Pensava eu.
   Chamei Antônio para conhecer o pico mais movimentado, após às 19:00. Ele me acompanhou. Montamos nossos apetrechos na lateral da Avenida. Por um instante, dei as costas para minha grade.  Antônio tinha ido procurar um banheiro e eu fiquei vigiando o carrinho dele. Enquanto eu vendia um guaravita, o rapa veio por trás de mim e tomou a minha grade. Tentei argumentar, mas eles me cercaram. Jogaram a minha grade dentro da Kombi.
De repente, Antônio apareceu, mas já era tarde: o rapa já estava tomando a mercadoria dele.
Ele seguiu o meu conselho e segurou o carrinho. Os discípulos de Satanás levaram somente o isopor e toda a mercadoria que tinha dentro do carrinho.
Enquanto a Kombi se distanciava da gente, uma cena inusitada se desenrolava perante os meus olhos: Antônio, paraibano, recém chegado ao Rio de Janeiro, sentou no meio fio e chorou.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Memórias de um operário

Por: Alexandre Mendes




   Foi um papo de email com o Ivan Silva que me inspirou a escrever sobre a minha experiência de vida, adquirida como ambulante, nas ruas do Rio de Janeiro.
Há muito preconceito sobre essa profissão, ainda. O fato é que se por um lado, os ambulantes não pagam impostos para vender suas mercadorias, por outro, aliviam as estatísiticas do desemprego, nas grandes capitais.
Todo ambulante que se preza tem que ter os seus apetrechos: Tripé e bandeija de madeirite, plástico com cordas, amarradas nas pontas(o que chamamos de paraquedas) ou grade, para expor as mercadorias.
As ruas do centro podem ser lucrativas ou perigosas para um ambulante. O lugar mais seguro para se trabalhar, talvez seja o sinal (semáforo). Alí, o vendedor expõe a sua mercadoria na mão, sem risco de perdê-la para o rapa.
Trabalhar nas ruas mais movimentadas, chama-se "perde-ganha". O ambulante pode arrebentar nas vendas, entretanto, o risco de perder a mercadoria para o rapa é bem maior e o trabalho é feito correndo deles, pela avenida, o tempo todo.
A Avenida Rio Branco é uma das mais perigosas. Alí, volta e meia, a porrada entre ambulantes e o rapa, estanca. Para trabalhar na Presidente Vargas, Amaral Peixoto ou Rio Branco, só de paraquedas. Nessas ruas, é comum que os vendedores combinem gritos, como o barulho de uma ambulância, para
avisar que o rapa está fazendo a limpa.
Eu sei como é difícil perder a mercadoria para os carrascos da Prefeitura. Mas contarei mais um pouco disso, em uma outra oportunidade.

sábado, 11 de junho de 2011

GAMBIARRA

Por: Alexandre Mendes




"Dá gosto de ver zines que, mesmo com as peripécias tecnológicas disponíveis, investem nos caminhos mais orgânicos de expressão. É o caso do Gambiarra, zine com TODOS os textos e ilustrações feitos à mão, mostrando que bons zines podem ser feitos de qualquer modo. Iniciativa de um pessoal ligado ao Impresso das Comunidades, um jornal distribuído gratuitamente nas comunidades pobres do Rio de Janeiro, o Gambiarra tem mais do que clara seu comprometimento com as causas sociais. Mas não espere um tom panfletário: a maioria dos textos são como crônicas que exalam a dura realidade das ruas e favelas, sem sentimentalismo, sem o belicismo classista que em geral é aplicado como a única “solução” possível. Poema do Glauco Mattoso e uma HQ sanguinária complementam esse fanzine que possui o curioso fato de, entre seus editores, contar com um menino de onze anos (o que você fazia com essa idade, hein?). (LM)"

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Homo Sapiens