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terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Queda

Por: Alexandre Mendes

Fuuuaaaafuuuu... - Tentava respirar, caído no chão com uma bala no peito.
TATATATATATA!
PÓPÓPÓ!
"Caralho! Caiu todo mundo!" - Me esforçava para enxergar, em meio a escuridão que atacava as minhas vistas.
- POLÍCIA! QUIETINHOS AÍ! A CASA CAIU!

Foto retirada da internet

Tarde demais. O bando não demonstrou a menor resistência...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PROTESTO NAS BARCAS CONTRA A TARIFA DE R$4,52

Amanhã às 06:30 - quinta às 17:00


A Agetransp vai decidir, no fim de setembro, se aceita ou não o pedido da Barcas S/A para reajustar em 61% o valor da tarifa da linha Rio-Niterói, que passaria dos atuais R$ 2,80 para R$ 4,52.

Está na hora de darmos um basta nesta história de abuso das Barcas S/A. Vamos fazer um grande ato com apoio de todos os usuários que são lesados,
há mais de 10 anos, com estes aumentos que são colocados acima da inflação.

Já CHEGA DE AUMENTOS!

TERÇA NAS BARCAS DE 6:20

QUINTA NAS BARCAS DAS 17:00



Maiores detalhes:
http://www.facebook.com/event.php?eid=280266771987672

Postado por Fabio da Silva Barbosa

http://rebococaido.blogspot.com/2011/09/protesto-nas-barcas-contra-nova-tarifa.html?showComment=1317070128686#c541093528904200312


 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O bolo

Por: Alexandre Mendes


Só vou esperar mais alguns minutos. Já estou aqui há mais de duras e até agora, nada dela chegar. O ônibus para o Centro passa de meia, em meia hora. Enfim, demora pra caralho!

Vou esperar só mais dez minutos. Três horas esperando aqui, plantado. O ônibus acabou de passar. Agora, só daqui há meia hora passa outro. Cadê ela?

Porra, cinco minutinhos e tô partindo! Perdi a tarde toda, aqui, esperando ela chegar.
Faltam vinte e cinco minutos para o próximo ônibus passar. Puta merda!

Esperei a chegada do ônibus e embarquei. Fui para casa, bastante decepcionado. 





domingo, 18 de setembro de 2011

Memórias de um operário XII

Por: Alexandre Mendes
]



Comecei a trabalhar cedo, a pedido de minha mãe. Não entendia porque ela insistia tanto nisso. Mais tarde, quando descobri que o câncer a consumia, passei a levar a coisa mais a sério. Ela queria que eu me fizesse homem adulto, o mais rápido possível. Sabia que eu teria que me virar sozinho, quando ela morresse. Achava que nenhum dos meus tios ou pai me ajudaria. Mais tarde, essa certeza que ela carregava se concretizou...

Desvendei o mistério sobre a sua magreza e comecei a correr atrás de trabalho, aos dezessete anos de idade.

Sai de casa e fui morar com a minha atual esposa, em um pequeno cortiço no Bairro Arsenal, São Gonçalo.

Consegui, através dos classificados, um trabalho de vendedor de pastel com refresco, em lojas de automóveis e comércios em geral, no Centro de Niterói.

A firma era dentro de uma casa, onde moravam duas senhoras.

O pastel era feito por elas, que se revezavam no gerenciamento, e mais três empregadas. Uma cozinheira e duas auxiliares, para a produção dos pastéis. O refresco era posto em garrafas térmicas de cinco litros, as quais eram amarradas pelo vendedor no guidom de uma bicicleta. O pastel era armazenado em bandejas de madeira, forradas com isopor e papel metálico. As bandejas tinham que ser amarradas no carona da bicicleta.

Circulava, habitualmente, pelas mesmas ruas.

Meu público alvo, os funcionários dos comércios, faziam contas semanais, quinzenais e mensais.

Pilotava o “camelinho” junto ao trânsito, disputando as laterais das ruas, com motos e automóveis.

Nem sempre, os clientes quitavam os seus débitos e o fiado aumentava no caderninho, consideravelmente. Teve caso de gente morrer me devendo.

Um belo dia, eu me cansei de trabalhar para as duas mulheres e montei o meu próprio negócio. Comprei um recipiente de plástico e uma garrafa térmica de cinco litros e passei a vender sanduíche, nos antigos pontos.

Entretanto, eu não sabia que, um ano depois, eu acabaria voltando a trabalhar para as senhoras do pastel...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Memórias de um operário XI



 

Por: Alexandre Mendes



    Após me desligar da lanchonete, encontrei-me com a cliente que me propôs o emprego de gerente, na loja de decoração.

   Concordei com o salário proposto, pois era bem mais do que eu ganhava na chapa. A vontade de executar outro tipo de tarefa, para obter a minha renda, era muito forte.

   Tive que comprar camisas de botão e calças sociais. O cargo exigia uma boa aparência para atender o público. A barba deveria estar sempre bem feita.

  A infinidade de tecidos e preços me deixava louco. Tentava decorar aqueles números. Mas a responsabilidade estava um pouco além, disso...

 Fiquei responsável pela intermediação entre a dona da loja e os funcionários. Não conseguia entender porque, a princípio, os vendedores não falavam comigo direito. Pareciam estar furiosos com a dona da loja.

Acabei fazendo amizade com o auxiliar de serviços gerais. Ele me contou, então, que os funcionários não recebiam seus salários, já fazia três meses. Confesso que o fato me deixou chocado.

Certa vez, uma das costureiras me pediu um vale, alegando que precisava comprar fraldas para a sua neta. Fui até o escritório e passei o pedido da costureira para a dona.

Foi muito difícil para mim, dizer a pobre costureira que não tinha dinheiro no caixa e que, portanto, só poderia lhe dar o vale, quando entrasse grana.

Comecei a achar que a dona da loja era uma vigarista. Enchia a cara, o dia todo, trancada no escritório. Ela havia me dado uma procuração, para que eu pudesse tomar a frente na negociação das contas atrasadas da loja.

Aguentei o trampo apenas por um mês e meio. A essa altura, o meu pagamento já estava atrasado, junto com os salários dos outros funcionários.

Discuti com a mulher. Acusei-a de ter me convidado para uma furada e exigi que me pagasse logo.

Uma semana depois, ela depositou o dinheiro na minha conta.

Pronto. Estava livre e desempregado, novamente.

O dinheiro que sobrou, após pagar algumas contas, eu investi em blusas de rock, compradas em Petrópolis.

 Voltei, então, para as ruas.  

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Memórias de um operário X


Por: Alexandre Mendes

Após largar a bicicleta na porta da lanchonete, deixando de lado o serviço de entregador, apresentei-me no outro batente, no dia seguinte.

Cheguei ao estabelecimento na parte da tarde, a pedido do dono.

Ganhei duas mudas de uniforme, já usadas por outro funcionário. Camisa listrada, verde e branca, calça verde, de pano e sapato preto. Guardei a minha roupa no armário de ferro, numerado. Meu compartimento era o número 30.

Fui apresentado ao chapeiro do turno da noite. Era um paraibano branco, de cara larga e feições sofríveis, como as de qualquer migrante batalhador.

Aldo me ensinou as tarefas a serem, cotidianamente, executadas. Ligar os aparelhos (Chapa e fritadeira); Preparar a salada (Cortar tomate, alface e encher tubos de molho); Preparar as pastas (Milho, ovo, frango e atum) e outros detalhes.

O treinamento visava preparar os novos funcionários para o trabalho na nova loja, que estava prestes a ser inaugurada.

O movimento de clientes era intenso, nos fins de semana. Os balconistas gritavam seus pedidos, tanto para o setor do suco, como para o setor da chapa. Era necessário guardar o pedido na memória. Se a chapa ainda não estivesse cheia, era melhor colocar a carne para assar, o mais rápido possível.

Eu já conhecia os métodos empregados por Aldo para me ensinar o serviço. Lembrei-me do primeiro mestre de obra que auxiliei. Ele xingava muito o aprendiz, enquanto ensinava.

Eu me considerava forte àquela altura e aturei o treinamento, até me tornar um profissional.

Três meses depois, inauguramos a nova loja. Trabalhei nela durante quatro anos e meio, sempre no mesmo setor, no turno da noite. Como o meu horário era o de maior movimento, tive um relativo valor para o meu patrão, enquanto trabalhei no local. Treinei os auxiliares de chapa, contratados para os fins de semana.

Um dia me cansei do trabalho. Não via a menor perspectiva de crescimento profissional, no estabelecimento. A correria era muito estressante. Eu já trabalhava na chapa, há quatro anos e meio.

Foi quando alguém me chamou para uma nova oportunidade de trabalho, como gerente de uma loja de decoração.

Negociei com o patrão a minha demissão.

Logo depois, entrei em uma furada...


sábado, 10 de setembro de 2011

Os Sonacirema

A cultura dos Sonacirema se caracteriza por uma economia de mercado altamente desenvolvida, que se beneficiou de um habitat natural muito rico. Muito ocupados com a economia, depreendem muito tempo com ocupação de rituais. O corpo humano é o principal foco de atenção dos rituais.
Acreditam que é débil, feio e doente e por isso todo grupo tem em suas casas os santuários para suas cerimônias. Os mais ricos tem diversos deles, aliás, sua condição é avaliada pela quantidade de santuários que possui em sua casa. Os menos favorecidos têm apenas um e se espelham nos ricos na construção dos santuários, cobrindo-os de pedras e cerâmicas.
As cerimônias ocorridas são secretas e privadas e somente com às crianças se discute esses mistérios, porque são iniciantes.
Uma caixa embutida na parede guarda poções mágicas e inúmeros feitiços, sem os quais, nenhum nativo acredita poder viver.
Os feitiços são obtidos de curandeiros, os quais escrevem com linguagem antiga e secreta as poções curativas que são levadas aos herbários e curandeiros que fornecem o feitiço desejado, cada qual recebendo substanciais presentes. Os feitiços são utilizados na medida de seu propósito e depois são guardados na caixa mágica que esta sempre cheia, são tantos que as pessoas esquecem sua utilidade.
Embaixo da caixa sagrada existe a fonte de águas sagradas, que os sacerdotes mantêm ritualmente puro, através de cerimônias no Templo das Águas.
Os homens-da-boca-sagrada estão abaixo dos curandeiros, e os sonacirema acreditam que o cuidado da boca tem uma influência sobrenatural nas relações sociais e uma forte relação entre características orais e morais. O corpo e a boca fazem parte do ritual cotidiano, rito que repugna o estrangeiro, pois o uso de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca, que movimenta pós mágicos com gestos iguais e continuados.
O homem-da-boca-sagrada recebe a visita dos sonacirema duas ou mais vezes por ano. Esses possuem uma variedade de objetos usados no exorcismo dos perigos da boca, alargam buracos e lá depositam pós-mágicos, mesmo que os dentes deteriorem os nativos continuam retornando. As personalidades destes nativos mostram uma tendência masoquista definida, pois o homem-da-boca-sagrada enfia a agulha no nervo enquanto seus olhos brilham sadicamente. Essa tendência fica evidente quando no ritual diário envolve uma arranhadura e laceração no rosto com um instrumento cortante. Ritos femininos também são masoquistas, quatro vezes por mês lunar, as mulheres enfiam suas cabeças em fornos durante uma hora.
A imponência do templo Latipsoh recebe pacientes doentes para tratamento e as cerimônias ai realizadas, envolvem um grupo de vestais com roupa e penteados distintos, além do taumaturgo. Existe uma certa violência nas cerimônias, pouco conseguem curar-se. Crianças não gostam de submeter-se à doutrinação e resistem. Os guardiões não admitem o cliente que não possa dar um presente ao zelador, mesmo após sobreviver às cerimônias, não se permite a saída até que outro presente seja dado.
Os sonacirema não expõem o corpo e suas funções, como banho e excreções, e ao entrar para as cerimônias sofrem um choque psicológico por não estar na intimidade doméstica. Um homem nunca exposto no ato excretório, nem sua mulher, de repente, encontram-se nus diante de uma vestal desconhecida, enquanto executa suas funções no vaso sagrado. Essas excreções são utilizadas por um adivinho para diagnosticar a doença, enquanto as clientes são apalpadas e manipuladas pelos curandeiros.
Além de ficarem quietos em suas camas duras, os pacientes recebem de madrugada a visita de vestais que os acordam e fazem uma série de exames, enfiando varas em suas bocas além de atirarem agulhas magicamente tratadas em sua carne.
O feiticeiro chamado de Escutador exorciza demônios em pessoas que foram enfeitiçadas. Os sonacirema expõem ao Escutador todos os seus medos e problemas, pois acreditam que os pais fazem feitiçaria contra os filhos.
A estética nativa é aversa ao corpo e as funções naturais. Fazem rituais de jejum para fazerem gordos ficarem magros, banqueteiam os magros para os engordarem, rituais para fazerem seios das mulheres crescerem, ou diminuírem se são grandes. Aliás, essas de desenvolvimento hiper-mamário são idolatradas e podem viver de aldeia em aldeia exibindo-os em troca de uma taxa.
As funções sexuais são distorcidas, tabu como conversa, são muitos esforços feitos para evitar a gravidez, materiais mágicos e fases da lua. A concepção é pouco freqüente e, quando grávidas, as mulheres se vestem a ocultar o seu estado. O parto é em segredo, a maioria das mulheres não amamenta e nem cuida dos bebes.
Essa vida cheia de rituais mostra a dificuldade de compreender como os Sonacirema conseguiram sobreviver com os pesados fardos que lhes impuseram.
Agora que você leu tudo, leia ao contrário a palavra... Sonacirema. "nós, Sonamuh", também temos as mesmas práticas, mas não entendemos a verdade simplesmente pelo nosso preconceito e por despreparo mental em analisar as coisas sob outros pontos de vista, que não o do nosso ego.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Os Astecas I

Por: Alexandre Mendes

Origem

Astecas: Fundação da Cidade-Estado de Tula, no Vale do México (séc. IV). 
 
A criação da Cidade-Estado de Tenochtitlán pelos mexicas, vulgarmente denominados como Astecas e segregados pelos Toltecas.

Origem lendária dos Astecas: O Templo do Deus do Fogo encontrado em uma ilha, na lagoa de Tenochtitlán, aponta o mito de fundação totêmica da sociedade mexicana.  O símbolo sagrado Asteca demonstra uma águia pousada em um cacto, devorando uma serpente.

Confederação Asteca: Cidades-Estados de Tenochtitlán, Tlateloco e Tlacopán.

Houve a centralização do poder das Cidades-Estados, nas mãos do governo teocrático de Tenochtitlán, sendo, então, obrigadas a pagar tributos a ilha.

Estrutura Social:

Tlatoani (Soberano): Tido como o próprio Deus ou seu representante.

Sacerdotes (Situados na capital, Tenochtitlán)

Nobreza (Calpuli): Eram os que governavam, em suas respectivas regiões, cobrando e pagando tributos a capital. A nobreza era responsável pela beligerância das cidades.

Artesãos

Camponeses (Soldados, quando necessário)

Escravos

A educação da nobreza era voltada para o militarismo ou para a religião. Subdividia-se em elite letrada (Sacerdotes) e elite militar (Guerreiros).

Divindades Centrais:

Quetzcoátl (A serpente emplumada)

Uitzlopochtli (O Deus do fogo)

Tlaloc (O Deus da terra)

Eram feitos muitos sacrifícios humanos, no alto das pirâmides, em abismos, outeiros e poços. Os astecas acreditavam que os sacrifícios eram necessários para o dia amanhecer novamente.

Língua Geral: Nahuatl.

Economia: Cultivo do milho, feijão e cereais selvagens.

O artesanato era sofisticado (cestaria, ourivesaria). Os astecas produziam peças em Jade, mercadoria bastante valiosa.  

Arte: Iconografia reproduzindo o ser humano de forma desproporcional, como as pinturas egípcias. Descreviam os acontecimentos por desenhos.
Calendário solar litúrgico: Domínio rudimentar de conceitos astronômicos e ; uso do tabaco (Na economia e na religião), da Passiflora, da Valeriana e do Peiotche (alucinógeno).

 Texto de Apoio: Soustelle, Jacques. Os astecas na véspera da conquista espanhola. Cap. 1, 2 e 3.


Os povos Pré-Colombianos



Teoria das migrações intercontinentais (Paul Rivet) – Os nativos Pré-Colombianos eram inicialmente caçadores- coletores, vagando no sentido norte-sul, partindo da atual América do Norte (por volta do ano 10000 a.c) 

O uso da agricultura acabou por sedentarizar os clãs, organizando-os em sociedades tribais. Houve, então, o surgimento de aldeias e, posteriormente, cidades e seus centros religiosos.

   Cultura: Eram portadores de tradições culturais oriundas de uma infinidade de povos ancestrais e externos, quando dominados militarmente.

Localização Geográfica das civilizações Pré-Colombianas

Maias: Sul do atual México, Honduras e Guatemala (América Central Continental).

Astecas: Atual México, da costa do Pacífico ao Golfo do México (América Central Continental).

Incas: Atual Peru, Chile, Equador, Colômbia, Bolívia e parte da Venezuela (Região Andina, América do Sul).
Texto de Apoio: Soustelle, Jacques. Os astecas na véspera da conquista espanhola. Cap. 1, 2 e 3.

sábado, 3 de setembro de 2011

Memórias de um operário IX

Por: Alexandre Mendes


Ainda lembro bem da primeira batalha que encarei nesta vida. Foi em uma loja de presentes e artefatos decorativos, aos treze anos de idade. Minha função era simples, mas bastante cansativa. Carregar e descarregar caixas de pratos, talheres, quadros, abajur etc. As vidraças eram lustradas, todos os dias. Varria a loja, tirava a poeira do estoque. Mas eu ainda era fisicamente fraco, apenas um moleque.

Certa vez, fui encarregado de levar duas caixas, repletas de pratos e talheres, até o carro de uma cliente. O carro estava estacionado na outra quadra. Não aguentei o peso da mercadoria e encostei as caixas em uma árvore da calçada, no meio do caminho. Pedi desculpas a moça, que acabou compreendendo a situação, resolvendo me ajudar.

Cumpri a promessa de que quando eu recebesse o meu primeiro salário, compraria um tênis de couro, pois aquilo era uma novidade. Eu nunca tinha tido um, pois era muito caro e a maioria dos tênis era de marca importada. Usava tênis de lona, tipo All Star, cano longo ou cano curto. Acabei comprando um Le Chevall branco, cano longo, de napa. Caramba! Como eu furei festinha de quinze anos, com aquele tênis!

Mas a minha carreira naquele serviço foi curta e, antes de completar quatorze anos, eu já estava fora. 

Fiquei um ano parado, apenas tentando concluir os meus estudos. Ah! Tempo bom que eu tinha mãe! Trabalhava só para comprar meus discos de rock e me divertir!

Quando completei quinze anos, minha mãe me arrumou um trabalho, através de uma conhecida.  Tornei-me, então, Auxiliar de Oficina, em uma concessionária de automóveis, no Bairro Santa Rosa.