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terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Comuna de Paris

Por: Alexandre Mendes


 A França havia entrado em crise, logo após ser derrotada pelas tropas prussianas, em 1870.
 Tal fato contribuiu para o fortalecimento da Guarda Nacional parisiense, fundando no dia três de março de 1871, a Federação Republicana da Guarda Nacional, formada por 200 batalhões. Nomearam, então, uma comissão executiva.
 Em 17/18 de março de 1871, o governo enviou 15 mil homens para debelar a Comuna de Paris, não obtendo sucesso no ataque. As tropas confraternizaram com a população (inclusive mulheres e crianças), que apoiava a Guarda Nacional.

Militares pousam orgulhosos para a foto: A estátua de Napoleão fora derrubada.

Declaração de Princípios, em 22/23 de fevereiro de 1871: 

"Todo membro do comitê de vigilância declara pertencer ao partido socialista revolucionário. Em consequência, busca com todos o meios suprimir os privilégios da burguesia, seu fim como casta dirigente e o poder dos trabalhadores. Em uma palavra, a igualdade social. Não mais patrões, não mais proletários, não mais classes [...] O produto integral do trabalho deve pertencer aos trabalhadores [...] Impedir-se-á, em caso de necessidade com a força, a convocação de qualquer Constituinte ou outro tipo de Assembléia Nacional, antes que a base do atual quadro social seja mudada  por meio de uma liquidação revolucionária política e social. A espera desta revolução definitiva não reconhece como governo da cidade mais que a Comuna revolucionária  formada por delegados dos grupos revolucionários desta mesma cidade. Reconhece como governo do país apenas o governo formado por delegados da Comuna revolucionária do país e dos principais centros operários. Empenha-se no combate por esta ideia e a divulgará, formando onde não existe grupos socialistas revolucionários. Articulará estes grupos entre si e com a Delegação Central. Porá todos os meios que dispõe, a serviço da propaganda pela Associação Internacional dos Trabalhadores."

Medidas tomadas pela Comuna (Proclamação da Comuna ao povo trabalhador de Paris):
O combate à burocracia estatal: Todos os cargos administrativos seriam revogáveis, e remunerados, no máximo, com o salário de um operário qualificado; a abolição do exército permanente e a sua substituição pelas milícias populares; a interdição do acúmulo de cargos; a organização de conselhos operários nas fábricas abandonadas pelos patrões; a redução da jornada de trabalho para dez horas; a eleição da direção das fábricas pelos trabalhadores; a reforma do ensino.

Os parisienses foram massacrados. 

20 de maio- As tropas de Thiers invadem a Comuna, contando com 130.000 homens.. A França acabara de confraternizar com a Prússia.
22 de maio- O comitê de Salvação Pública da Comuna lança um apelo geral a batalha. A população adere a guerra. Ocorre, então, um massacre, com 4.000 communards mortos em batalhas, 20000 executados após a derrota, e 10.000 fugitivos, exilados. Calcula-se que cerca de 100.000 habitantes parisienses foram afetados pela invasão das tropas governamentais.
28 de maio- Fim da Comuna.


Obs: A Comuna de Paris provou ser possível uma participação mais efetiva do povo na política, bem como a auto-sustentabilidade de uma sociedade fechada em si, porém mais justa.

Texto de apoio e citações:
In: COGGIOLA,Oswaldo (org.). Escritos sobre a Comuna de Paris. São Paulo, Xamã, 2002

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