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quinta-feira, 14 de abril de 2011

MÍNIMO


                                                                                Por: Alexandre Mendes

Lambe logo o meu chão,
meu escravo; desgraçado
Deixa tudo bem limpinho,
porque eu pago seu salário

Pega esponja e desinfeta,
fedorento sanitário
Deixa tudo bem cheiroso,
porque eu pago seu salário

Serve logo meu almoço,
tô com fome, ordinário
Quero ver o seu sorriso,
porque eu pago seu salário

Agora, compra meu cigarro,
não demora, meu lacaio
Quer ouvir um desaforo?
Porra, eu pago seu salário!

Te humilho com prazer
Quero você conformado
Nós nascemos para isso
e eu pago seu salário


Um comentário:

  1. Muito boa! é por aí mesmo... nessa merda (merda com letras minúsculas) sentimos apenas o cheiro fétido de bosta barrenta de terminais lotados - bueiros de gente. Sentimos o que nem sempre nosso nariz suporta. Gostei, resumi o dia a dia do trabalhad@r atual.

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