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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Canção para momentos difíceis

   Por: Alexandre Mendes

Guarda roupas 

    Tem horas que eu gostaria
 de me enfiar por entre as pernas
 da minha falecida mãezinha
 e voltar para o seu útero.
 Tem horas que eu acho 
 que nunca deveria ter saído de lá.
 lá-lá
 lá-iá!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Um Trem Para as Estrelas

Hoje, lembrei do grande poeta, Cazuza. A letra dessa música tem algo que sempre mexeu comigo. O povo correndo atrás da sua sobrevivência. As pessoas se engalfinhando dentro de coletivos abarrotados; as mulheres reclamando do roça-roça; os office-boys, com o walkman no volume máximo; os estudantes, com suas mochilas nas costas. Enfim...que merda!

Lembrei da correria, dos desentendimentos:  "Abre a janela! Eu puxei a cigarra! Você não tem mulher em casa, tarado! Puta que o pariu, que demora! Vou chegar atrasado! Vontade de botar fogo nesse ônibus!"
Um ônibus, dois ônibus, um trem, uma barca. Enfim...que merda!
Sempre refleti o que nos leva a aceitar tudo isso: Trabalhadores "livres", em navios negreiros, buscando as estrelas!


Cazuza /Um Trem Para as Estrelas
São sete horas da manhã
Vejo o Cristo da janela
O sol já apagou a luz
E o povo lá embaixo espera
Nas filas de pontos de ônibus
Procurando aonde ir


São todos seus cicerones
Correm pra não desistir
Dos seus salários de fome
E a esperança que eles têm
Nesse filme como extras
Todos querem se dar bem
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas
Estranho o teu Cristo, Rio
Que olha tão longe, além
Com os braços sempre abertos
Mas sem proteger ninguém
Eu vou forrar as paredes
Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não é nada sério
Eu vou dar o meu desprezo
Pra você que me ensinou
Que a tristeza é uma maneira

Da gente se salvar depois
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros

Outras correntezas
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros 
Outras correntezas...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Brincando de amarelinha

A foto abaixo foi tirada por mim, inocentemente, durante a última viagem que fiz a Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Pensei em criar uma bela poesia em cima da imagem que flagrei, a caminho da padaria, falando das velhas brincadeiras de criança, esquecidas pelo tempo.


Somente quando cheguei em casa e abri a fotografia no computador, entendi a mensagem na encruzilhada, feita com um pedaço de gesso, por alguma criança. 
Da fotografia, então, fizeram surgir diversos pontos de reflexão sobre o atual universo infantil. Será o fim da inocência ou eu estou ficando caduco? 
O fato é que a fotografia me animou a adentrar com mais voracidade no universo infantil, utilizando o meu aprendizado pedagógico. Me ajudou, um tanto, a repensar a minha função na face da Terra.

Peço desculpas a todos os amigos e irmãos que partilham o universo online comigo, pois estou saindo de um período devastador da minha vida, o qual a depressão quase me destruiu. Ainda sou um templo em reconstrução, redescobrindo a minha utilidade e renovando as minhas forças.

"Enquanto houver sol, ainda haverá... a esperança de um mundo melhor." ( Titãs e eu) 

Alexandre Mendes

sábado, 19 de novembro de 2011

Mister M's


Quem quer o poder de voar?
Levitar sobre os homens
Tornar-se um mago 
sem nome

Quem quer impressionar?
É só fazer por merecer
e  terás  tal poder
deixando todos boquiabertos
olhando pra você

Vai, aprendiz de feiticeiro
ingresse no mundo da mágica
e se torne um herói
as crianças, com seus pais
 comendo algodão doce
irão adorar
vendo você levitar!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

vida...morte
vazio
pura sorte
é frio
ofegante
é o resto
demente e incessante

sem sentido
vazio
é a morte
rondando
círculos concêntricos
ao redor de meu ser

pura mágoa
é madrugada
universo paralelo
FAÇA-SE PRESENTE
eu menos eu
sozinho
ausente

não quero mais gritar
já não tenho mais voz
a presença do algoz
sei que vai me levar

universo paralelo
FAÇA-SE PRESENTE
e me traga um sorriso
que jamais brilhou em meu rosto

universo da verdade
devolva minha sanidade
em um mundo abstrato
por favor, lhe imploro
tenha compaixão

traga-me o descanso
meu corpo é puro ranço
e o mundo em que piso
é triste, confuso

bolas do formato do mundo
me levem para bem longe daqui...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Araribóia, 6:50 AM



 Não existem políticos e nem governos ... o que salva o mundo são os homens e a família...
(Alex Benjamim Alvarez Maldonado)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Poema dedicado a Alex Benjamin Alvarez Maldonado

   Descanse em paz. 

    A dor que toma conta do meu ser
    aperta no momento em que  
    meras lembranças do passado
    me fazem ver ele e você 
    sorrindo e brincando
    um beijo na testa 
    e olhares amáveis 
    os quais nem me lembro se um dia
    tive a oportunidade de sentir
    Hoje, choro pelo Pai que se foi
    um Pai que nunca foi meu
    

terça-feira, 8 de novembro de 2011

No ventilador

ANDAM DIZENDO POR AÍ QUE UM REPÓRTER MORREU POR CAUSA DE DROGA. VARIAS PESSOAS MORREM TODOS OS DIAS, POR CAUSA DE DROGA. ASSALTOS E ASSASSINATOS, POR CAUSA DE DROGA...
SERÁ QUE SÓ EU PERCEBO QUE A GENTE ESTÁ MORRENDO POR CAUSA DE TIRO?
QUANTOS PESSOAS VOCÊS CONHECEM QUE JÁ MORRERAM DE OVERDOSE? QUANTAS PESSOAS VOCÊS CONHECEM QUE JÁ MORRERAM POR CAUSA DE TIRO?
SOU A FAVOR DA PROIBIÇÃO DAS ARMAS E D...OS TIROS (INCLUSIVE OS DA POLÍCIA)
O DIA EM QUE LEGALIZAREM ESSAS MERDAS DE DROGA E SELECIONAREM O QUADRO DE FUNCIONÁRIOS PARA A VENDA (ENSINO MÉDIO), EU QUERO VER QUEM MAIS VAI MORRER DE TIRO...AÍ SIM, VAI MORRER DE DROGA, IGUAL A UM CACHACEIRO.
ALGUÉM AÍ PARA E FAZ CONTAGEM DE QUANTOS CACHACEIROS MORREM DE CIRROSE? NÃO? ENTÃO ME NOMEIEM PARA SECRETÁRIO DE SEGURANÇA E SALVAREI A VIDA DE VOCÊS...